20 de maio, 2024

Farmacêutica tem novo medicamento para alopecia em fase de testes

Após a polêmica do tapão que o Will Smith deu no Chris Rock no meio da premiação do Oscar 2022, que aconteceu nesse final de semana, o termo Alopecia e doença autoimune vigorou entre os assuntos mais pesquisados no Google Trends. A confusão dividiu opiniões na Web se o eterno homem de preto teria tido uma atitude sensata, (mesmo usando de violência), para repreender o comediante sobre as piadas desconfortantes que ele estava fazendo.

Jada Pinkett  Smith – atriz

Quem acompanhou ou viu pela internet os vídeos percebeu o desconforto da Jada Pinkett  Smith. Acontece que a atriz foi diagnosticada com alopecia e está sem cabelo por conta da doença desde o ano passado quando decidiu raspar e passou a usar turbantes e lenços para esconder as falhas. Chris Rock comparou Jada à personagem de Demi Moore no filme “Até o Limite da Honra”, de 1997, que tem os cabelos rapado.

Já que contextualizamos o assunto, vamos a algumas teorias que tem se levantado na internet. Quem acompanha o Oscar sabe que a audiência da premiação não tem sido mais a mesma. Mas o tapa e a alopecia se tornam assuntos no mundo todo e elevaram a audiência do Óscar. Além do tapa, quem também ficou em evidência foi a dupla Biontech e Pfizer, já que esse ano foram patrocinadoras da maior noite de Hollywood.

A dupla de fabricantes de vacinas, que se uniu há dois anos e produziu o produto mais vendido do mundo no ano passado, sua vacina contra o COVID-19, uniu forças novamente para patrocinar o evento.

Durante a premiação foram exibidos vídeos de publicidade sobre como voltar ao normal é bom, e isso, “graças as vacinas”. Vacinas essas que geraram lucros bilionários para empresas pouco antes conhecidas. E o plot twist vem agora. Vocês sabiam que além da vacina, a Pfizer anunciou os resultados positivos de primeira linha do estudo de fase 2b/3 do Ritlecitinib na alopecia Areata. E justamente há um mês no dia 24 de fevereiro saiu o resultado dos testes clínicos do Governo dos Estado Unidos com o medicamento ALLEGRO 2b/3. Recentemente, a Pfizer também concluiu a aquisição da empresa farmacêutica de estágio clínico “Arena Pharma”, especializada em estudos de alopecia. 

 Fica o questionamento, foi só coincidência o tapa no rosto do Chris  que elevou o nome da doença a níveis de pesquisa global ou realmente estamos sendo manipulados e tudo não passou de um grande encenação. Hollywood sendo Hollywood?

Até então não havia nenhum medicamento aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA). A FDA é uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos que equivale a Anvisa aqui no Brasil. Mas, acontece que agora há uma corrida entre várias empresas farmacêuticas para serem as primeiras a obter um medicamento para alopecia aprovado pela FDA no mercado. E quem saiu na frente? Isso mesmo, a Pfizer.  É no mínimo interessante a Pfizer ser uma das maiores patrocinadoras do Oscar, onde, curiosamente, tudo se concentrou na alopecia. 

O que é alopecia?

A alopecia areata é uma doença autoimune caracterizada por queda de cabelo irregular, quase sempre envolvendo o couro cabeludo, mas às vezes também envolvendo a face (sobrancelhas, cílios, barba), todo o couro cabeludo ou todo o corpo. As pessoas que sofrem de alopecia areata apresentam sintomas quando as células do sistema imunológico atacam os folículos capilares saudáveis, fazendo com que o cabelo caia. A idade média de início é entre 25 e 35 anos, mas também pode afetar idosos, crianças e adolescentes, sendo observada em ambos os sexos e em todas as etnias.  A alopecia areata está associada à baixa qualidade de vida relacionada à saúde de muitos pacientes, que podem sofrer graves consequências psicológicas, incluindo depressão e ansiedade. 

Por Juciene Abreu

 

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