9 de maio, 2024

Ranani Glazer, de 24 anos, estava em uma festa próximo à Faixa de Gaza quando começou o bombardeio
– Foto reprodução redes sociais

 

Ranani Nidejelski Glazer, um brasileiro de 24 anos, tornou-se um herói em meio ao conflito no Oriente Médio após enfrentar terroristas durante um ataque do grupo Hamas a uma festa rave em Israel no último sábado. O jovem, que estava no evento junto com sua namorada Rafaela Treistman e um amigo, Rafael Zimerman, lutou bravamente para proteger as pessoas que estavam abrigadas com ele em um bunker que se tornou alvo do grupo armado.

Ranani não hesitou em devolver granadas lançadas pelos terroristas, mas infelizmente foi atingido e não resistiu, tornando-se o primeiro brasileiro oficialmente morto no conflito na região. Até a manhã desta terça-feira, duas cariocas que estavam no mesmo evento, Bruna Valeanu, 24 anos, e Karla Stelzer, 41, continuavam desaparecidas.

Amigos de Ranani compartilharam detalhes emocionantes dos últimos momentos dele vivo. Sua namorada, Rafaela Treistman, relembrou como Ranani a acalmou e protegeu durante a situação desesperadora, chegando até mesmo a se fingir de morto para sobreviver. O amigo Rafael Zimerman, que também estava no bunker, descreveu o ataque e o momento em que foram resgatados pelas forças militares israelenses.

Ranani Glazer, que morava em Israel há sete anos e tinha cidadania israelense, prestou serviço militar no país e trabalhava como entregador em Tel Aviv. Ele era amigo próximo de Rafael Zimerman e compartilhava sua paixão por festas de música eletrônica, como demonstrado em suas redes sociais.

O evento em que estavam os brasileiros no sábado era uma versão local do famoso Universo Paralello, criado em Goiás pela família do DJ Alok e realizado anualmente em uma praia da Bahia. O pai de Ranani, Juarez Petrillo, conhecido como DJ Swarup, estava no local como um dos artistas contratados para se apresentar no festival, que foi organizado por uma empresa israelense em parceria com o modelo do festival brasileiro.

Enquanto isso, familiares dos três brasileiros foram orientados pelas autoridades israelenses a fornecer amostras de DNA, devido ao grande número de vítimas na área da festa. Até a manhã desta terça-feira, a identificação de todas as vítimas e a contagem precisa de desaparecidos continuavam incertas, com relatos de cerca de 260 corpos encontrados na área do festival de música eletrônica, no distrito sul de Israel.

 

 

 

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