24 de novembro, 2024

Cenas chocantes de afegãos, em desespero no aeroporto, rodaram o mundo nas redes sociais na última semana, após o Talibã retomar o controle do governo no país.

As imagens valem mais que mil palavras, como diz o ditado. Porém, a conjuntura da matéria é bem maior. Nesse sentido, abordarei aqui, tópicos para melhor entendimento do tema.

Política externa de Biden e Trump

O presidente Joe Biden, anunciou em abril de 2021, que a missão dos Estados Unidos no Afeganistão chegaria ao fim depois de 20 anos. Aos poucos, os militares norte-americanos foram deixando o país e o Talibã voltou a ganhar território.

Contudo, vale lembrar que Trump desejava fazer o mesmo, tendo inclusive negociado com o Talebã.

O ex-presidente Trump culpou Biden por não ter seguido o plano que seu governo propôs e enunciou que o rápido avanço do grupo extremista não teria acontecido se ele ainda estivesse no cargo.

Guerra do Afeganistão

Em 1979 ocorreu a Guerra do Afeganistão, a qual originou-se com a invasão soviética no país. A invasão estendeu-se por dez anos e intensificou-se com a chegada do repulicano Ronald Reagan à Casa Branca, em 1981. Reagan definia a União Soviética como ‘Império do Mal’.

 Origem

Na década de 1980, Bin Laden havia participado da luta mujahidin apoiada pelos Estados Unidos contra a ocupação soviética no Afeganistão, mas em fevereiro de 1998 estava recrutando muçulmanos para executar os americanos e seus aliados – civis e militares.

11 de setembro

Em 2001, os Estados Unidos, chefiando uma coalizão da OTAN, invadiram o Afeganistão após os ataques de 11 de setembro de 2001. O governo Bush tinha como objetivo desmantelar a Al-Qaeda e remover o Talibã do poder que ali estava desde 1996.

Talebã

O Talebã é um grupo fundamentalista islâmico que controlou o Afeganistão entre 1996 e 2001 com um rígido regime baseado em uma versão radical da Sharia.

Sharia

Em uma tradução literal, significa “o caminho claro para a água”. É o sistema jurídico do Islã composto por um conjunto de normas derivado de orientações do Corão.

A Sharia serve como diretriz para a vida que todos os muçulmanos deveriam seguir. Como por exemplo: orações diárias, jejum e doações para os pobres. O código tem disposições sobre vários aspectos da vida cotidiana, incluindo direito de família, negócios e finanças.

Bibliografia:

CROFTON, Ian. 50 ideias de História do Mundo que você precisa conhecer. Editora Planeta

MAGNOLI, Demétrio. História das Guerras. EditoraContexto.

 

Post scriptum 2: Sou Marcelo Henrique Silva, internacionalista, bacharel em Direito e colunista do Gerais News.

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